22 de out. de 2013

Veja dicas de como voltar ao mercado de trabalho aos 40 anos




Ultrapassar a faixa dos 40 anos sem perspectivas profissionais é um pesadelo para a maioria dos trabalhadores. Por isso, o UOL ouviu especialistas no assunto e elaborou uma lista de dicas para ajudar pessoas com esse perfil a se recolocar no mercado de trabalho.
"Se o trabalhador já estava afastado do mercado onde trabalha há alguns anos, é ideal conversar com outros profissionais e mapear a área de atuação. Nessa etapa, é bom fazer cursos de idiomas e melhorar o conhecimento técnico", sugere Elaine Saad, vice-presidente da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos).
O networking (rede de contatos) estruturado até essafase da vida é também de suma importância. "É fundamental que esses contatos sejam firmados de tempo em tempo", analisa o gerente de negóciosTelecom Sérgio Cunha Oliveira. "A partir do momento que você tem pessoas que possam te indicar, desde que você esteja apto para aquele cargo, o processo é facilitado".
Elaine lembra ainda que é benéfico tratar sua idade com naturalidade, sem querer omiti-la no currículo e na seleção. "O profissional não deve ter medo da idade, porque isso pode ser muito mais uma fantasia da cabeça dele do que do recrutador".
Resistência
Hoje em dia, devido à possibilidade de recrutamento de jovens como trainees, algumas empresas veem vantagens em lapidar um empregado a salários mais baixos dos que poderiam ser pagos a um profissional mais experiente.
Para a gerente de marketing da Catho Online, esse panorama está mudando. Carolina Stilhano acredita que, com a atual escassez de mão de obra capacitada, os profissionais acima dos 40 anos voltaram a ser disputados pelo mercado brasileiro.
"Algumas empresas têm contratado esses profissionais para mesclar com a 'geração Y', que se trata de um grupo bastante jovem, que traz ideias inovadoras, muita energia, ousadia para arriscar, mas por outro lado falta maturidade, estabilidade, experiência na prática, e é nisso que o profissional mais sênior vem contribuir", analisa.
Elaine Saad, da ABRH-Nacional, concorda com Carolina. "Existem razões para isso: quando a economia melhora, é natural que surjam oportunidades para todas as idades, porque a empresa fica muito carente de mão de obra".
Outro motivo seria a lenta preparação dos líderes jovens na maioria das organizações de grande porte. "Por essa razão, existem algumas empresas trazendo de voltapessoas mais velhas, justamente para preencher esse vazio de liderança ocasionado pela geração Y", conclui Elaine.
Carlos Felicissimo Ferreira, diretor-executivo da 4hunter Consultoria, chama a atenção para outra situação ocasionada pelo comportamento dos jovens: "A juventude está entrando no mercado de trabalho numa situação diferente. Eles estão esticando a entrada, para fazer faculdade", analisa. "Antes, eles entravam com 14 anos, hoje com 23, 25. Então a gente não pode falar que a carreira de uma pessoa acabou com 40".

Lucas Rodrigues
Do UOL

4 de set. de 2013

Autismo: 11 mandamentos dos pais


1. “Não manterás seu filho preso em casa”.
Todos nós sabemos como é difícil sair com crianças autistas para restaurantes, viagens, shoppings, aniversários e outros eventos sociais. Muitas vezes, nossos filhos tendem a correr sem rumo, não sabem esperar e se sentem incomodados com a quantidade de estímulos que encontram no ambiente externo. Mas o único jeito de ensiná-los a se comportar nesses lugares – e a tolerar o excesso de estímulos – é estando com eles nesse momento. Não poupando-os e mantendo-os sempre na sua zona de conforto.
Por outro lado, vivemos dizendo que o mundo precisa aprender a lidar com a diversidade. Mas como, se as pessoas que são “diferentes”, muitas vezes, mal saem de casa? Temos, também, esse papel social de acostumar a sociedade a conviver com a diferença dos nossos filhos. Se você vê seu filho como um “coitado” incapaz de conviver em sociedade, é assim que ele será visto pelos outros também.
2. “Não terás medo de trocar as terapeutas”
Por mais que a gente queira manter um certo distanciamento profissional, acabamos nos envolvendo com as terapeutas dos nossos filhos. E, quando notamos que aquela abordagem não está mais fazendo o efeito desejado, nos sentimos culpadas por sequer pensar em trocar aquela profissional…a gente acaba levando muito pro lado pessoal. Mas isso faz parte da vida: terapias param de funcionar. Você substitui e, daí há um tempo, pode ser que volte à primeira. É importante seguir o seu feeling. Faz quantos meses que você não nota nenhum progresso palpável no desenvolvimento do seu filho? Pode ser essa a hora de variar a abordagem.
3. “Procurarás ter contato com outras mães na mesma situação”
Esse, pra mim, é um dos principais. Quando nosso filho recebe um diagnóstico de autismo, nos sentimos sem chão. Acabamos confiando totalmente naquele médico que deu o diagnóstico e no direcionamento que ele vai dar para o tratamento. Isso não é errado nem ruim. Mas, acontece que há muitas mães por aí que, após longos anos nessa caminhada, acabam sabendo mais sobre tratamentos e abordagens que muitos médicos. Mães totalmente autodidatas e dispostas a compartilhar esse conhecimento. E você pode poupar um tempo precioso se resolver ouvi-las. Nada substitui a experiência de uma pessoa que passou pela mesma situação que você!
4. “Questionarás a tudo e a todos”
O médico sugeriu uma medicação? Tente entender o porquê e se ela realmente é indispensável. Uma conhecida te sugeriu um tratamento? Procure na internet, converse com outros pais, entenda se faz sentido. A terapeuta se fecha com seu filho na sala e você não sabe o que se passa durante a sessão? Solicite a ela uma filmagem para acompanhar. É seu direito como mãe ou pai! Você não pode ficar no escuro! Não aceite nada “goela abaixo” sem estar totalmente confortável e sem entender perfeitamente do que se trata. É da vida do seu filho que estamos falando.
5. “Acreditarás no potencial do seu filho”
Isso pode fazer toda a diferença. Se a criança sente que o pai ou mãe não acredita que ela pode superar seus próprios desafios, por que ela vai tentar? Se um profissional sente que os pais não levam muita fé naquela criança, por que vai se esforçar para fazê-la progredir?
6. “Repetirás, persistirás e insistirás sempre”
Muitas vezes, as crianças com dificuldades de aprendizado precisam de MUITA repetição para absorverem um comportamento ou habilidade nova. Isso pode ser extremamente cansativo para os pais.
Lembro quando estávamos tentando ensinar o Theo a apontar para o que queria, aos 2 anos de idade, já com o diagnóstico de autismo. Pegávamos aquela mãozinha gordinha e miúda, esticávamos o dedinho indicador e falávamos “aponta, Theo, com o seu dedinho”. Quantas vezes eu chorei, quantas vezes eu pensei que era tudo em vão, porque ele parecia não fazer o menor esforço para esticar aquele dedo. Até que um dia…após um ano de tentativas, ele começou a apontar para tudo, frenético, sem parar! O mesmo aconteceu com o “dá”. Foi-se, aí, mais de um ano de tentativas. O uso do Ipad, também.
Insista e nunca desista! Um dia, aquela habilidade vai vir!
7. “Não compararás seu filho com as outras crianças”
Apesar de ser muito, MUITO difícil, isso é uma coisa que temos que trabalhar. Assim que temos o diagnóstico, em meio ao luto e ao sofrimento, tendemos a comparar nossos filhos com outras crianças típicas da mesma idade. Isso é muito doloroso, porque logo percebemos a distância que há entre o desenvolvimento de uns e outros.
Após algum tempo, passamos a comparar nossos filhos autistas com outras crianças no espectro. E isso também não é legal. Sempre vai haver uma criança que falou antes, ou que aprendeu a brincar de carrinho antes, ou que deixou as fraldas antes. O espectro é muito amplo, e se você fica comparando seu filho a outras crianças, perde o foco das características incríveis e únicas que só ele tem.
Compare seu filho de hoje com quem ele era há 3 meses. Assim, fica mais fácil e mais justo, concorda?
8. “Não falarás do seu filho como se ele não estivesse ali”
Algumas crianças autistas podem não falar, mas entendem TUDO. Já cansei de ouvir relatos de mães de crianças que só falaram após os 6 anos de idade, mas que contavam coisas de quando tinham apenas 4…e não falavam. Imagine como deve ser ouvir uma pessoa falando de você, na sua frente, e você não conseguir se manifestar a respeito?
9. “Não perderás o sono pensando no futuro”
Ninguém sabe o que o futuro reserva. A ciência tem feito grandes progressos. As intervenções terapêuticas estão cada vez mais precisas. Acredite que tem algo de bom esperando o seu filho no futuro! Invista na independência dele e espere para colher os frutos. Faça a sua parte, mas não perca o sono pensando no “e se”. Isso só traz ansiedade, tristeza, e nenhum ganho para a família.
10. “Aprenderás a levar a vida com mais leveza”
A falta de tato social dos nossos filhos autistas provoca situações embaraçosas às vezes. O Theo, por exemplo, tem a mania de se aproximar das pessoas pegando no bumbum…falamos bastante disso nesse post AQUI.
Claro que devemos ensinar sempre os comportamentos mais apropriados aos nossos filhos, mas que tal não morrer por causa de certas situações? Seu filho limpou a boca na roupa da tia? Peça desculpas a ela, diga a ele que é no guardanapo que ele deve limpar a boca e vá rir no cantinho. As coisas têm o peso que damos a elas, concorda?
11. “Não terás vergonha de pedir ajuda”
Vivemos correndo uma maratona. Matando vários leões por dia. Nossa vida não é fácil. Parece que a gente não pode nem se dar ao luxo de ficar doente (falei disso no último post). Se você está esgotado, não vê luz no fim do túnel, está deprimido, não consegue cuidar do seu filho como deveria, PEÇA AJUDA! Há vários grupos de pais na internet, várias ongs, várias pessoas dispostas a ajudar quem precisa.
Nos Estados Unidos, quando uma criança é diagnosticada com autismo, é assumido que toda a família deve ser “tratada”. Todos precisam de suporte psicológico. Para que você possa ajudar seu filho, precisa estar bem. “Coloque sua máscara de oxigênio primeiro”. É uma frase batida, mas muito importante!
Escrito por Andréa Werner Bonoli
http://lagartavirapupa.com.br

29 de ago. de 2013

A terceirização e as centrais sindicais


JOSÉ PASTORE *
As centrais sindicais vêm desferindo uma campanha sistemática contra o Projeto de Lei (PL) n.º 4.330/2004, que busca disciplinar a contratação de serviços terceirizados. O argumento básico é que o projeto vai revogar direitos dos trabalhadores e precarizar ainda mais as relações do trabalho.

Tais bandeiras têm grande apelo popular. São fáceis de serem comunicadas. E, assim entendidas, criam grave insegurança entre os trabalhadores. Como todo slogan, elas mexem mais com o emocional do que com o racional. Ao examinar o PL 4.330 com isenção, porém, verifica-se o contrário. O projeto busca exatamente "desprecarizar" o que ainda está precarizado. Trata-se de um projeto de proteção, e não de desproteção dos trabalhadores. Alinho, aqui, os principais mecanismos que garantem a proteção:

Como terceirização é uma atividade de parceria entre contratante e contratada, o PL coloca os dois lados como reais parceiros. A contratante será corresponsável pelo pagamento de todas as verbas trabalhistas e previdenciárias dos empregados da contratada referentes ao contrato firmado;

Além disso, os contratos de prestação de serviços contarão com um fundo de garantia (4% a 6% do valor do contrato) para fazer frente ao pagamento das verbas trabalhistas e previdenciárias aos empregados da contratada no caso de eventual dificuldade. Os recursos desse fundo só serão liberados à contratada após a comprovação de que todas as obrigações com seus empregados foram devidamente cumpridas;

A contratante será diretamente responsável por criar um ambiente de trabalho que garanta condições de higiene e segurança para todos os empregados da contratada, respeitadas as normas regulamentadoras nesse campo;

A contratante terá responsabilidade direta de atender os empregados da contratada nos seus ambulatórios, assim como será obrigada a oferecer a estes as facilidades de alimentação e transporte que destina aos seus próprios empregados;

A contratada terá de ser uma empresa especializada na prestação do serviço, não podendo ser do tipo "faz-tudo", como ocorre hoje. O PL estabelece uma importante distinção entre terceirização (permitida) e intermediação de mão de obra (proibida).

É falso, portanto, o argumento de que a nova lei, se aprovada, precarizará mais a contratação de serviços terceirizados. Nenhuma das exigências acima mencionadas existe na situação atual. A contratante não é definida como parceira da contratada nem tem o conjunto de responsabilidades que passará a ter com o novo diploma legal. E nenhum direito trabalhista será revogado.

Com todo respeito que tenho pelo importante papel das centrais sindicais no processo de modernização das relações do trabalho no Brasil, não entendo como elas podem passar uma mensagem distorcida para os trabalhadores. Sei que os seus dirigentes vêm acompanhando a evolução do PL 4.330/2004 passo a passo e, por isso, estão a par dos avanços ali incluídos. Sua insatisfação com uma eventual fragmentação das bases sindicais (que no meu entender inexiste) não pode ser motivo para desfigurarem as propostas de melhoria do projeto aos olhos de seus filiados.

Lamentavelmente, a grande imprensa tampouco se interessou em detalhar para o grande público o esforço que os parlamentares vêm fazendo no sentido de melhorar substancialmente a situação dos trabalhadores que participam dos processos de terceirização de serviços. O PL 4.330/2004, se aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, onde está agora, terá um curso longo, tendo de passar pelo plenário daquela Casa e, em seguida, pelo Senado Federal. Por isso, a desinformação reinante não pode continuar. Trabalhadores, empresários, magistrados, advogados, auditores fiscais e outros profissionais precisam conhecer bem o que está sendo discutido. É isso que me levou a escrever este artigo.

* JOSÉ PASTORE É PROFESSOR DE RELAÇÕES DO TRABALHO DA FEA-USP E MEMBRO DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS.

20 de ago. de 2013

Está em dúvida sobre a profissão que quer seguir por causa da média salarial? Quer mudar de profissão e não tem certeza qual delas possui a remuneração que você procura? A Simetria reuniu algumas profissões e suas médias salariais para ajudar você a tirar suas dúvidas.

Cargo
Média salarial R$
Assistente administrativo
1.149,81
Assistente de contabilidade
1.184,28
Assistente de contas a pagar
1.245,24
Assistente de contas a receber
1.453,04
Assistente de RH
1.206,61
Assistente marketing
1.284,88
Assistente de faturamento
1.352,23
Assistente social
1.349,59
Assistente de produção
901,97
Assistente de almoxarifado
877,18
Auxiliar de limpeza
556,38
Auxiliar de enfermagem
955,62
Auxiliar de produção
784,39
Auxiliar administrativo
893,43
Designer gráfico
1.225,90
Administrador de rede
1322,71
Técnico de manutenção
1.147,79
Técnico de informática
1.104,00
Técnico em enfermagem
968,43
Técnico em administração
1.367,18
Técnico eletrotécnico
1.712,99
Técnico eletromecânico
1.995,33
Zelador
851,74
Segurança
748,14
Porteiro
788,37
Pedreiro
1.182,25
Motorista
1.122,65
Mestre de obras
3.316,05
Mecânico de autos
1.136,78
Garçom/Garçonete
823,63
Faxineiro
650,10
Doméstica
963,83
Babá
733,77
Analista de RH
1.796,49
Analista de recrutamento e seleção
1.196,15
Analista de marketing
1.736,69
Analista administrativo
1.678,79
Analista de comunicação
1.705,91
Analista de contabilidade
2.270,13
Analista de vendas
1.865,46
Analista de sistemas
2.833,69
Analista de pessoal
1.801,78